Iracema
Iracema
Os personagens do livro Iracema são:
IRACEMA, MARTIM SOARES MORENO, Poti,Irapuã,Caubi,Jacaúna.
O livro é muito bom gostei muito deste livro colocarei aki o resumo do livro todo do inicio até o fim.
Durante uma caçada, Martim se perdeu dos companheiros pitiguaras e se pôs a caminhar sem rumo durante três dias.
No interior das matas pertencentes à tribo dos tabajaras, Iracema se
deparou com Martim. Surpresa e amedrontada, a índia feriu o branco no
rosto com uma flechada. Ele não reagiu. Arrependida, a moça correu até
Martim e ofereceu-lhe hospitalidade, quebrando com ele a flecha da paz.
Martim foi recebido na cabana de Araquém, que ali morava com a filha.
Ao cair da noite, Araquém havia deixado seu hóspede sozinho, para que
ele fosse servido pelas mais belas índias da tribo. O jovem branco
estranhou que entre elas não estivesse Iracema, a qual lhe explicou que
não poderia servi-lo porque era quem conhecia o segredo da bebida
oferecida ao pajé e devia prepará-la.
Naquela noite, os tabajaras
recepcionavam festivamente seu grande chefe Irapuã, vindo para comandar a
luta contra os inimigos pitiguaras. Aproveitando-se da escuridão,
Martim resolveu ir-se embora. Ao penetrar na mata, surgiu-lhe à frente o
vulto de Iracema.
Visivelmente magoada, ela o seguira e lhe
perguntou se alguém lhe fizera mal, para ele fugir assim. Percebendo sua
ingratidão, Martim se desculpou. Iracema pediu-lhe que esperasse, para
partir, a volta, no dia seguinte, de Caubi, que o saberia guiar pela
mata. O guerreiro branco voltou com Iracema e dormiu sozinho na cabana.
Na manhã seguinte, incitados por Irapuã, os tabajaras se prepararam
para a guerra contra os pitiguaras, que estavam permitindo a entrada dos
brancos. Martim foi passear com Iracema. Ele estava triste; ela lhe
perguntou se eram saudades da noiva, que deixara para trás. Apesar da
negativa de Martim, a moça o levou para um bosque silencioso e prometeu
fazê-lo ver a noiva; deu-lhe gotas de uma bebida que ela preparou.
Após tomá-las, Martim adormeceu e sonhou com Iracema; inconsciente, ele
pronunciou o nome da índia e a abraçou; ela se deixou abraçar e os dois
se beijaram. Quando Iracema ia se afastando, apareceu Irapuã, que
declarou amor à assustada moça e ameaçou matar Martim. Diante da reação
contrária dela, Irapuã se foi, ainda mais apaixonado. Apaixonada, porém,
estava Iracema por Martim e passou a ficar preocupada pela vida dele.
Na manhã seguinte, Martim achou Iracema triste, ao anunciar-lhe que ele
poderia partir logo. Para fazê-la voltar à alegria, ele disse que
ficaria e a amaria. Mas a índia lhe informou que quem se relacionasse
com ela morreria, porque, por ser filha do pajé, guardava o segredo da
Jurema. Ambos sofriam com a idéia da separação.
Seguindo Caubi,
Martim partiu triste, acompanhado por Iracema, também triste. Com um
beijo, os dois se despediram e o branco continuou sua caminhada somente
com Caubi. Irapuã, à frente de cem guerreiros, cercou os caminhantes
para matar Martim. Caubi se opôs e soltou o grito de guerra, ouvido na
cabana por Araquém e pela filha.
Esta correu e assistiu à
cena; Irapuã ameaçava Martim, que se mantinha calmo. A moça quis
persuadi-lo a fugir; ele não aceitou a idéia, resolveu enfrentar Irapuã,
apesar de Caubi provocar o enciumado tabajara para lutar com ele.
Quando Irapuã e Caubi iam começar uma luta corpo a corpo, ouviu-se o som
de guerra dos pitiguaras, que vinham atacar os tabajaras. Chefiados por
Irapuã, os índios correram para enfrentar o inimigo. Só Iracema e
Martim não se movimentaram.
Como não encontrasse os pitiguaras –
provavelmente escondidos na mata, Irapuã achou que o grito de guerra
fora um estratagema usado por Iracema para afastá-lo de Martim. Então
foi procurá-lo na cabana de Araquém. Protegendo seu hóspede, o velho
pajé ameaçou matar Irapuã se ele levantasse a mão contra Martim. Para
afastar o irado chefe, Araquém provocou o ronco da caverna que os índios
acreditavam ser a voz de Tupã quando discordava do que acontecia. Na
verdade, esse ronco era um efeito acústico que Araquém forjava. Mediante
isso, Irapuã se afastou.
No silêncio da noite, ouviu-se na cabana
de Araquém o grito semelhante ao de uma gaivota. Iracema disse ser o
sinal de guerra dos pitiguaras; Martim reconheceu o som que emitia seu
amigo Poti. Iracema ficou com medo porque a fama da bravura de Poti era
conhecida e temida: ele estaria vindo para libertar seu amigo,
destruindo os tabajaras? A moça ficou triste, mas garantiu fidelidade a
Martim, mesmo à custa da morte de seus irmãos de raça. O branco
tranqüilizou-a, afirmando que fugiria, para evitar o conflito.
A índia foi encontrar-se com Poti para lhe dizer que Martim iria com
ele, escondido, a fim de evitar um conflito das tribos inimigas. Antes
de sair, ela ouviu do pai, em segredo, a recomendação de que, se os
comandados de Irapuã viessem matar Martim, ela o escondesse no
subterrâneo da cabana, vedado por uma grande pedra.
Não era
prudente Martim afastar-se às claras porque poderia ser seguido. Nisso,
apareceu Caubi para alertar a irmã e Martim de que os tabajaras
tencionavam matar o branco. Iracema pediu ao irmão que levantasse a
pedra para ela e Martim entrassem no esconderijo e que ele ficasse de
guarda.
Irapuã chegou à porta da cabana, acompanhado de seus
subordinados, todos bêbados, e discutiu com Caubi. Nesse instante,
reboou o trovão de Tupã. O vingativo chefe não se acalmava. Reboou mais
uma vez o trovão, que os índios entenderam como sendo a ameaça de Tupã.
Cercaram o chefe e o levaram de lá, amedrontados.
No interior da
caverna, Iracema e Martim ouviram a voz de Poti, embora sem vê-lo. Ele
lhes declarou que estava vindo sozinho para levar Martim, seu irmão
branco. Por sugestão de Iracema, ficou combinado que Martim fugiria ao
encontro de Poti só na mudança da lua, ocasião em que os tabajaras
estariam em festa e assim ficaria mais fácil os dois evitarem o encontro
com o irado Irapuã.
À noite, na cabana, ausente Araquém, Martim, ao
lado de Iracema, não conseguia dormir: desejava-a, mas ela era
proibida. Então, ele lhe pediu que trouxesse vinho para apressar o sono.
Dormiu e sonhou com Iracema, chamando-a; ela acorreu acordada. Ainda
dormindo, sonhou que se abraçavam, sendo que Iracema o abraçou de
verdade. Na manhã seguinte, Martim se afastou da moça, dizendo que só
podia tê-la em sonho. Ela guardou o segredo do abraço real e foi
banhar-se no rio. Mal sabia Martim que Tupã havia acabado de perder sua
virgem.
No final da tarde, quando a lua apareceu, os tabajaras se
reniram em torno do pajé, levando-lhe oferendas. Iracema dirigiu-se à
cabana do pai para buscar Martim e conduzi-lo até Poti que o aguardava
escondido a fim de levá-lo, livrando-o de Irapuã. Iracema os acompanhou
até o limite das terras tabajaras.
Quando Martim insistiu em
que ela retornasse para a tribo, ela lhe revelou que não poderia fazer
isso, porque já era sua esposa. Surpreso, Martim ficou sabendo que tinha
sido realidade o que sonhara. Ao escurecer, interromperam a caminhada e
Martim passou a noite na rede com Iracema.
Ao raiar da manhã,
Poti, preocupado, os chamou, alertando que os tabajaras já estavam na
sua perseguição, informação que ele colheu escutando as entranhas da
terra. Envergonhado, Martim pediu que Poti levasse Iracema e o deixasse
só, pois ele merecia morrer. O amigo disse que não o largaria. Iracema
apenas sorriu e continuou com eles.
Irapuã e seus comandados
chegaram ao local onde estavam os fugitivos. Acorreram também os
pitiguaras, sob a chefia de Jacaúna. Travou-se o inevitável combate.
Jacaúna atacou Irapuã; Caubi, agora com ódio do raptor de sua irmã,
atacou Martim, mas, a pedido de Iracema, o branco simplesmente se
defendeu, pois ela disse que, se Caubi tivesse que morrer, isso
aconteceria pelas mãos dela. Então, Martim deixou Caubi por conta de
Poti, que já havia matado vários tabajaras, e enfrentou Irapuã,
afastando Jacaúna.
De: Dirlei
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