Bem-Vindos ao Rio
Autor: Marcos Rey
Baixo e Aliás entregam Cláudio para o pai de Pat e recebem o dinheiro. A
quadrilha divide o dinheiro dentro do Opala roubado e separam-se. Aliás
sobe o morro com a sua parte do dinheiro e vai até a casa de Sebão para
dar uma relaxada. Ao ver o amigo, diz em tom de brincadeira que os
outros foram presos porque alguém os delatou. Amedrontado, Sebão acaba
revelando que foi ele o delator. Os dois brigam e a mãe de Sebão grita
por socorro. Aliás é preso e o dinheiro recuperado. Nariz, Baixo e
Tereca permanecem no Opala carregando Pat. Ouvem as notícias da prisão
dos companheiros e tentam fugir pela zona sul. Nariz rouba um Chevette.
Tereca desce e pede para Baixo lhe entregar sua parte depois. O carro é
perseguido por uma viatura pol
icial e
acaba chocando-se violentamente contra um poste. Baixo morre no
acidente, Nariz escapa e Pat consegue sair ilesa. A perseguição da
polícia termina na saída de um cinema onde Nariz havia se escondido com a
mala de dinheiro. Escrito nos anos setenta, numa época em que o Rio de
Janeiro e também o Brasil ainda nem sequer imaginavam para onde
caminharia a violência urbana, o livro em muitos momentos soa como uma
história de contos de fadas devido à ingenuidade dos rapazes
seqüestrados e dos próprios bandidos, um tanto quanto idealizados. O
autor procura buscar nas origens humildes deles a justificativa para
seus atos. Essa base sociológica com certeza já não se sustenta como
única desculpa para a violência atual. Tudo indica que o efeito
pretendido pelo autor dificilmente será alcançado pelos jovens de hoje
que se identificam muito mais com tropas de elites e cidades de deuses.
Por: Rafael Garcia
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