quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Bem-Vindos ao Rio - Marcos Rey

Bem-Vindos ao Rio
Autor: Marcos Rey

Baixo e Aliás entregam Cláudio para o pai de Pat e recebem o dinheiro. A quadrilha divide o dinheiro dentro do Opala roubado e separam-se. Aliás sobe o morro com a sua parte do dinheiro e vai até a casa de Sebão para dar uma relaxada. Ao ver o amigo, diz em tom de brincadeira que os outros foram presos porque alguém os delatou. Amedrontado, Sebão acaba revelando que foi ele o delator. Os dois brigam e a mãe de Sebão grita por socorro. Aliás é preso e o dinheiro recuperado. Nariz, Baixo e Tereca permanecem no Opala carregando Pat. Ouvem as notícias da prisão dos companheiros e tentam fugir pela zona sul. Nariz rouba um Chevette. Tereca desce e pede para Baixo lhe entregar sua parte depois. O carro é perseguido por uma viatura pol
icial e acaba chocando-se violentamente contra um poste. Baixo morre no acidente, Nariz escapa e Pat consegue sair ilesa. A perseguição da polícia termina na saída de um cinema onde Nariz havia se escondido com a mala de dinheiro. Escrito nos anos setenta, numa época em que o Rio de Janeiro e também o Brasil ainda nem sequer imaginavam para onde caminharia a violência urbana, o livro em muitos momentos soa como uma história de contos de fadas devido à ingenuidade dos rapazes seqüestrados e dos próprios bandidos, um tanto quanto idealizados. O autor procura buscar nas origens humildes deles a justificativa para seus atos. Essa base sociológica com certeza já não se sustenta como única desculpa para a violência atual. Tudo indica que o efeito pretendido pelo autor dificilmente será alcançado pelos jovens de hoje que se identificam muito mais com tropas de elites e cidades de deuses.
 
Por: Rafael Garcia

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